sexta-feira, 31 de julho de 2009

Epidemia de Chykungunya - Índia

Centenas de milhares de pessoas no estado de Kerala, no sudoeste Indiano, sofrem de uma febre de etiologia viral causada pela picada de mosquito.
Desde o início da época da Monção, cerca de 10 pessoas morreram vítimas desta doença na região. De acordo com os relatórios de saúde, cerca de 150 000 pessoas foram afectadas em poucos dias, estando o governo a tomar as medidas necessárias de forma a evitar a disseminação da doença.
Os distritos mais afectados são os de Malappuram, Kozhikode, Wayand, Kannur e Kasaragod

O Dr. Abdul Samad, superintendente do Hospital Distrital de Malappuram , referiu - Depois do início da monção, o número de pessoas com febre aumentou rapidamente, especialmente em Junho e Julho. Comparando com igual período do mês de Junho, deparamo-nos(em Julho) com um aumento de 100 vezes nos casos de febre de etiologia viral. Não se trata uma febre viral comum, podendo atribuí-la a Chykungunya que se está a disseminar na região".

Desde Janeiro deste ano que mais de 1 100 000 pessoas recorrerem aos hospitais da região com febre de etiologia viral, sendo a maior parte desta atribuída a infecções por Chykungunya, mas também a Dengue e Hepatite.

Fonte: Promed

domingo, 26 de julho de 2009

Estado brasileiro da Baía regista 629 casos de meningite este ano

Surto de Meningite na Etiópia

O Ministério da Saúde da Etiópia notificou um surto de meningite no norte do país, com 147 casos e 20 óbitos entre 17 e 21 de Julho de 2009.
A Etiópia é um dos países da África sub-sariana que são abrangidos pelo "cinturão da meningite", uma região com elevada prevalência da doença e onde ocorrem frequentemente epidemias, em ciclos irregulares de 5 a 12 anos


Vários factores concorrem para a distribuição de epidemias de meningite nesta região, nomeadamente a sáude débil da população, as condições climáticas (seca, tempestades de areia e poeira), as condições habitacionais pobres e sobrelotadas, bem como a localização de grandes aglomerados populacionais, incluindo campos de refugiados .

O agente mais comum da meningite é a bactéria Neisseria meningitidis. Esta bactéria pode causar inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central (meningite) e infecção generalizada (meningococcemia). Existem 13 sorogrupos identificados de N. meningitidis, porém os que mais frequentemente causam doença são o A (80-85% de todos os casos em África), o B e o C (estes 2 serogrupos constituem a grande parte dos casos na Europa e na América), o Y e o W135 (epidemia em 2000 e 2001 em peregrinos do Hajj na Aránia Saudita e em 2002 no Burkina Faso, 80% dos casos pertenciam a este serogrupo).

Actualmente existe uma vacina tetravalente que fornece protecção aos serogrupos A, C, Y e W135 de Neisseria meningitidis. Esta vacina é recomendada a todos os viajantes que viagem para regiões de risco.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dengue no Sudeste Asiático

Na Ásia existe um ciclo de 2 a 5 anos entre epidemias de Dengue, sobretudo no sul do Cambodja, China, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Filipinas, Tailândia e Viet Nam. A forma hemorrágica da doença está entre as principais causas de hospitalização infantil nestes países asiáticos, onde predomina em regiões urbanas e semi-urbanas.

No Myanmar morreram recentemente pelo menos 10 crianças devido ao dengue.
No Sri Lanka, o número de mortes por dengue subiu aos 180 entre cerca de 18.030 casos registados até Julho de 2009. Este número representa um crescimento muito acentuado da transmissão da doença, pois em todo o ano de 2008 contaram-se apenas 85 mortes em 4.156 casos de dengue no país.


É uma doença causada por um vírus transmitido pela picada de um mosquito, e a sua incidência mundial cresceu muito nas últimas décadas (cerca de 2/5 da população mundial está em risco de contrair esta doença, contando-se cerca de 50 milhões de casos anualmente). Não existe tratamento específico ou vacina para o dengue. A única maneira de prevenir a infecção é combatendo o mosquito, quer evitando a acumulação de água em diversos contentores (cisternas, algeirós, vasos, pneus, recipientes vários abandonados no exterior) que vão alojar as larvas do mosquito, quer pela aplicação de insecticidas nesses contentores. Por outro lado, cada indivíduo deve tomar medidas individuais de prevenção da exposição à picada do mosquito (ver http://consultaviajante.ufp.edu.pt/).

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Surto de leptospirose no Ceará, Brasil

Até ao passado dia 10 de Julho, o número de infectados com leptospira ascendeu a 57, atingindo 76% do total de casos registados em 2008 (75 casos), num surto que já causou 7 mortes. Mais de metade dos casos foi confirmada em Fortaleza.

A leptospirose é uma doença bacteriana transmitida pela urina e fluídos de parto de animais infectados. A leptospira entra no organismo humano através de cortes ou abrasões na pele, mucosas (por exemplo, boca) e conjuntiva. A ingestão de água contaminada também pode ser causa de infecção.

Viajantes que participam em actividades de recreio aquáticas, tais como rafting, canoagem, kayak e canyoning, podem estar em risco de contrair a leptospirose, especialmente após períodos de chuva intensa ou cheias (mesmo em regiões que anteriormente não eram consideradas endémicas).


Os primeiros sintomas podem aparecer 7 a 15 dias após o contacto e incluem febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares, náuseas, diarreia e olho vermelho. As manifestações clínicas podem ser semelhantes a uma simples gripe, mas se o início do tratamento específico para a leptospirose for atrasado, pode sobrevir disfunção de múltiplos orgãos e agravar a situação clínica.

As medidas de prevenção recomendadas aos viajantes incluem o uso de roupa protectora, cobrir cortes e abrasões com pensos e minimizar o contacto com água potencialmente contaminada. Não existe vacina disponível, mas pode aconselhar-se junto de um médico das viagens sobre a possibilidade de fazer medicação preventiva.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Gripe A (H1N1) - Recomendações para viajantes

Viajantes com elevado risco para complicações por Gripe A incluem:
  • Crianças com menos de 5 anos
  • Pessoas com mais de 65 anos
  • Crianças e adolescentes que estejam medicados com aspirina
  • Grávidas
  • Doentes imunodeprimidos (por medicação imunossupressora, corticoterapia ou doentes seropositivos a HIV)
  • Indivíduos com doença pulmonar crónica, cardiovascular, hepática, hematológica, neurológica, neuromuscular ou metabólica (incluindo a Diabetes)

Estes viajantes devem procurar aconselhamento junto de um médico, para discutir a situação de Gripe por H1N1 no destino e as medidas de prevenção do contágio.

Os viajantes que não se enquadrem neste grupo, devem tomar certas precauções, antes, durante e após a viagem, como a seguir se descreve.

Antes da viagem
  • Esteja informado sobre a situação actual da gripe A no país de destino (ver mapa abaixo).
  • Saiba que a época da gripe no hemisfério sul é entre Abril e Setembro, e que os casos de gripe A pela nova estirpe do vírus influenza (H1N1) estão a aumentar nesse hemisfério.
  • Confira e actualize as suas vacinações, incluindo a vacina sazonal da gripe.
  • Conheça os outros riscos de saúde e recomendações para o viajante no país de destino.
  • Se a estadia for prolongada e fora da União Europeia, pondere fazer um seguro de saúde que inclua cuidados de saúde, medicamentos e evacuações médicas em viagens internacionais. Se viaja na União Europeia, Espaço Económico Europeu ou Suíça, faça-se acompanhar do Cartão Europeu de Seguro de Doença.
  • Leve um kit de saúde de viagem, que inclua a medicação necessária e artigos de primeiros socorros.
  • Se tiver sintomas de gripe, fique em casa e evite viajar nos 7 dias s eguintes ou até 24h após ter ficado assintomático (serve para evitar que infecte outras pessoas).
Durante a viagem
  • Lave as mãos frequentemente, com sabão e água corrente, especialmente após tossir ou espirrar. Em alternativa, use toalhetes com álcool ou solu ções alcoólicas (álcool a 60%) para desinfectar as suas mãos.
  • Cubra a boca e nariz com um lenço quando espirrar ou tossir e, em seguida, coloque esse lenço no lixo. Se não tiver lenço, proteja-se com a manga da camisola.
  • Evite contacto próximo com pessoas doentes.

Após a viagem

  • Esteja atento aos sintomas de gripe nos 7 dias seguintes.
  • Se tiver sintomas (febre, tosse, espirros, dores de garganta, dores de cabeça, nos músculos e articulações, arrepios, fadiga, diarreia e vó mitos) fique em casa e ligue Linha de Saúde 24 (808 24 24 2 4). Se for a um serviço de saúde, peça uma máscara e coloque-a.