terça-feira, 19 de maio de 2009

DENGUE no Brasil

Nos últimos anos, o dengue passou a dominar dois terços do território brasileiro. Segundo as autoridades de saúde do Brasil, ocorrem no país cerca de 2.040 novos casos de dengue por dia (mais de 1 por minuto). Nos primeiros 100 dias deste ano, foram notificados 226.500 casos, um crescimento muito acentuado quando se compara com os 248.609 para todo o ano de 2008. A situação é mais grave no estado da Baía, onde o número de casos aumentou 300% relativamente ao mesmo período do ano passado.
Além do Brasil, outros países da América do Sul têm registado um crescente número de casos de dengue, nomeadamente a Bolívia (5.261 casos de Janeiro a Março de 2009, mais 46.381 casos suspeitos), a Argentina (10.379 casos), a região de Tumbes no Noroeste do Perú (5.000 casos), Morelos no México (58 casos) e o Paraguai (542 casos). Também as ilhas St. Maarten, Saba e Curaçao das Antilhas Neerlandesas, a Malásia (Kedah, Kelantan, Johor, Penang, Kuala Lumpur, Putrajaya), Vietnam (4.000 casos) e a Austrália (Queensland), contavam em Março de 2009, respectivamente, 509, 19.275 e 749 casos de dengue.

O dengue é uma doença causada por um vírus que é transmitido pela picada de um mosquito (Aedes aegypti). Os viajante podem infectar-se com o dengue durante visitas a países tropicais e subtropicais e é a principal causa de febre em viajantes regressando das Caraíbas, América Central e o Sul da Ásia Central. Existem 4 variantes distintas do vírus causador de dengue, pelo que um viajante que tenha já contraído a doença e ficado imune para essa variante, mantem o risco de nova doença por infecção de uma das 3 variantes restantes.
O risco de contágio com dengue é geralmente mais alto nas àreas urbanas e mais baixo nas regiões rurais e acima do 1500m de altitude. O mosquito pica mais durante as primeiras horas do amanhecer e nas horas que precedem o crepúsculo. Contudo, o risco de infecção por dengue para viajantes internacionais é pequeno, excepto quando este se desloca para uma região com uma epidemia em progressão.
Não há vacina disponível, porém os viajantes podem tomar medidas gerais de protecção para prevenir a picada do mosquito: aplicar repelente contra insectos na pele exposta (repelente com 20 a 30% de DEET); usar camisas de manga comprida e calças largas, que podem ser impregnadas com permetrina ou DEET; usar redes mosquiteiras sobre a cama ou ter o ar condicionado ligado na habitação.

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