domingo, 31 de maio de 2009

Cólera no Zimbabwe

A epidemia de cólera no Zimbabwe mantem-se desde há 1 ano e com perspectivas de abrandamento ainda muito discretas, apesar do esforço de várias ONGs e agências de assitência humanitária a actuar no local.
Os números ascendem aos 100.000 infectados e 4.300 mortes.

A cólera é uma doença diarreica causada pela infecção do intestino por uma bactéria chamada Vibrio cholerae. Um em cada 20 infectados desenvolve doença grave, caracterizada por diarreia aquosa profusa, vómitos e cãimbras nas pernas. O maior risco é a desidratação, que pode ser fatal em poucas horas se não for instituído o tratamento, especialmente em crianças e idosos.

A cólera é transmitida por ingestão de água ou comida contaminadas pela bactéria, que frequentemente ocorre em zonas de deficientes estruturas sanitárias.

O viajante deslocando-se para regiões epidémicas deverá tomar as seguintes precauções:
  • Beber apenas água fervida, engarrafada ou desinfectada (evitar o gelo)
  • Comer os alimentos bem cozinhados e ainda quentes
  • Evitar peixe ou marisco crús ou mal cozinhados
  • Evitar saladas e descacar a fruta
  • Evitar alimentos obtidos em vendedores de rua
  • Consultar um médico especialista em Medicina do Viajante, que o poderá aconselhar sobre a necessidade ou não de ser vacinado contra a cólera.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Surto de Febre de Chikungunya no Sudeste Asiático - Tailândia (actualização)

Vide post: "Surto de Febre de Chikungunya no Sudeste Asiático" - 18 de Abril de 2009

O Ministério da Saúde da Tailândia lançou no dia 23 de Maio um comunicado onde confirma 20 000 casos de Febre de Chikungunya distribuídos por 23 províncias daquele país desde o início de 2009. As províncias do Sul são as mais afectadas com quase 8000 casos registados só na província de Songkhla e o número de casos comprovados aumentou em mais de 5000 só no último mês.
Na sequência deste comunicado as autoridades tailandesas afirmam estar em marcha uma campanha para a irradicação de mosquitos, particularmente na região Sul onde a densa e húmida vegetação constitui um meio privilegiado para a proliferação de artrópodes.
A reemergência da doença nas áreas rurais após um longo período sem registo de casos faz colocar a hipótese de mutação do vírus para uma estirpe mais virulenta. Contudo, um estudo específico para testar esta possibilidade não foi ainda realizado.

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Fonte: ProMed em 29/05/2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Influenza A (H1N1) - México

Até 6ª feira dia 21 de Maio o México registava 80 mortes pela nova estirpe do vírus H1N1. Esse número foi elevado para 83, conforme confirmado na passada Segunda-feira pela Secretaria da Saúde daquele país.
Esta entidade refere ainda que o aumento no número de casos confirmados corresponde a amostras cujo processamento só agora foi terminado e que a epidemia no México mantém a tendência de queda no número de infectados iniciada há cerca de três semanas.

Fonte: ProMed em 27/05/2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Hantavirus na Turquia (Região do Mar Negro) - Janeiro a Maio 2009

Desde o isolamento do primeiro hantavírus, "Hantaan virus" (HTNV), em 1976, muitos outros foram identificados e pelo menos 22 são patogénicos para o Homem.
Os Hantavírus são vírus RNA com origem nos roedores e pertencem à família dos Bunyaviridae. Acredita-se que a sua transmissão ocorra sobretudo através do contacto com aerossóis (saliva, urina e fezes) de animais infectados, mas a mordedura pode também resultar em infecção.
O subtipo "Puumala virus" circula maioritariamente na Europa e Rússia e a infecção é assintomática em mais de 80% dos casos. A febre hemorrágica com síndrome renal (HFRS) também designada por "nephropatia epidemica" e o Síndrome Pulmonar por hantavírus (HPS) são as entidades clínicas predominantes no caso de doença sintomática.

A "National Public Health Agency" da Turquia confirmou 12 casos de febre hemorrágica com síndrome renal de Janeiro a Maio deste ano, serologicamente positivos para o subtipo Puumala, nas províncias de Zonguldak e Bartin. Estas regiões possuem uma vegetação e diversidade animal muito semelhante.
Os hantavírus causam um número significativo de doenças nos humanos, tornando-se uma ameaça global para a Saúde Pública. A presença do vírus na Turquia não surpreende já que a sua circulação nos países vizinhos é uma realidade. A educação para a Saúde e a promoção de actividades como a vigilância epidemiológica e o controlo de roedores tornam-se fundamentais e já estão a ser implementadas no terreno.

Fonte: eurosurveillance




domingo, 24 de maio de 2009

POLIOMIELITE - QUÉNIA

Em Junho de 2002, a OMS declarou a região europeia livre de poliomielite
após certificação por parte dos 51 Estados membros, entre os quais Portugal,
da não circulação de virus polio selvagem. Mantém-se no entanto o risco de importação da doença a partir de outras regiões, daí ser necessário continuar a desenvolver em cada país estratégias dirigidas à erradicação da doença.

Portugal é um país com algum risco de importação do vírus, em particular a partir de Angola, país de destino de grande parte dos actuais viajantes internacionais, sendo de destacar no entanto o esforço que ao nível das Consultas do Viajante tem sido feito para vacinar esses viajantes.
Treze casos de poliomielite pelo vírus selvagem foram notificados no Quénia nos últimos três meses. Todos os casos ocorreram no distrito de Turkana, no norte do país, junto à fronteira com a Etiópia e Somália, uma região com grande número de refugiados.

Fontes: ProMed e DGS

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Gripe A (H1N1) - Situação Actual

Surto de Cólera no Vietname

Segundo a Promed e citando fontes do Ministério da Saúde daquele país, onze províncias do Vietname terão sido afectadas por um surto de diarreia aguda, tendo sido comprovada a presença do vibrião da cólera em 53 casos. 

Do total de doentes infectados por cólera, um homem de 50 anos terá morrido em Ninh Binh, província próxima de Hanoi, cidade que também está entre os territórios afectados.

Segundo o Instituto Central de Higiene e Epidemiologia, as outras regiões que reportaram a doença são Haiphong e Bac Ninh, Thanh Hoa, Nam Dinh, Hai Duong, Quang Ninh, Ninh Binh, Ha Nam, Hoa Binh y Thai Binh, sendo que o número toral de pessoas afectadas ascende às 141.

As autoridades sanitárias terão criado cinco grupos de peritos para monitorizar a evolução da doença e os focos de disseminação da bacteria, localizada em vegetais e alimentos mal cozinhados (sobretudo mariscos bivalves), e também para inspeccionar o cumprimento das medidas de higiene alimentar estabelecidas pelo governo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

DENGUE no Brasil

Nos últimos anos, o dengue passou a dominar dois terços do território brasileiro. Segundo as autoridades de saúde do Brasil, ocorrem no país cerca de 2.040 novos casos de dengue por dia (mais de 1 por minuto). Nos primeiros 100 dias deste ano, foram notificados 226.500 casos, um crescimento muito acentuado quando se compara com os 248.609 para todo o ano de 2008. A situação é mais grave no estado da Baía, onde o número de casos aumentou 300% relativamente ao mesmo período do ano passado.
Além do Brasil, outros países da América do Sul têm registado um crescente número de casos de dengue, nomeadamente a Bolívia (5.261 casos de Janeiro a Março de 2009, mais 46.381 casos suspeitos), a Argentina (10.379 casos), a região de Tumbes no Noroeste do Perú (5.000 casos), Morelos no México (58 casos) e o Paraguai (542 casos). Também as ilhas St. Maarten, Saba e Curaçao das Antilhas Neerlandesas, a Malásia (Kedah, Kelantan, Johor, Penang, Kuala Lumpur, Putrajaya), Vietnam (4.000 casos) e a Austrália (Queensland), contavam em Março de 2009, respectivamente, 509, 19.275 e 749 casos de dengue.

O dengue é uma doença causada por um vírus que é transmitido pela picada de um mosquito (Aedes aegypti). Os viajante podem infectar-se com o dengue durante visitas a países tropicais e subtropicais e é a principal causa de febre em viajantes regressando das Caraíbas, América Central e o Sul da Ásia Central. Existem 4 variantes distintas do vírus causador de dengue, pelo que um viajante que tenha já contraído a doença e ficado imune para essa variante, mantem o risco de nova doença por infecção de uma das 3 variantes restantes.
O risco de contágio com dengue é geralmente mais alto nas àreas urbanas e mais baixo nas regiões rurais e acima do 1500m de altitude. O mosquito pica mais durante as primeiras horas do amanhecer e nas horas que precedem o crepúsculo. Contudo, o risco de infecção por dengue para viajantes internacionais é pequeno, excepto quando este se desloca para uma região com uma epidemia em progressão.
Não há vacina disponível, porém os viajantes podem tomar medidas gerais de protecção para prevenir a picada do mosquito: aplicar repelente contra insectos na pele exposta (repelente com 20 a 30% de DEET); usar camisas de manga comprida e calças largas, que podem ser impregnadas com permetrina ou DEET; usar redes mosquiteiras sobre a cama ou ter o ar condicionado ligado na habitação.

Gripe A (H1N1) - Situação Actual

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Surto de Febre de Chikungunya no Sudeste Asiático

Contam-se já 15240 pessoas infectadas pelo vírus de Chikungunya em 15 províncias do sul da Tailândia. Na Malásia foram sinalizadas 5 regiões com aumento do número de casos, nomeadamente Kedah, Penang, Selangor, Kuala Lumpur-Putrajaya e Sarawak, somando mais de 1600 casos.

A febre de Chikungunya é uma doença viral transmitida por picadas de mosquitos. Apesar de não ter vacina, prevenção ou tratamento farmacológicos específicos disponíveis, esta doença raramente é fatal. O viajante que se desloca para o Sudeste Asiático (bem como certos países africanos) deve insistir com uso regular de repelentes de insectos, usar vestuário protector, dormir sob redes mosquiteiras.

domingo, 17 de maio de 2009

Fórum de Medicina das Viagens

Convido todos os eventuais para se inscreverem no Fórum de Medicina do Viajante da Consulta do Viajante da UFP.

Este destina-se não só aos profissionais de saúde com interesse no aconselhamento ao viajante, mas também a todos os viajantes e outros eventuais interessados na Medicina das Viagens e Doenças Tropicais.

Pretende-se que seja, para além de uma fonte de informação, um local de discussão e debate, onde os assuntos relacionados com a Medicina das Viagens e Medicina Tropical possam ser ampla e frutuosamente discutidos.

Para participarem no Fórum basta irem a www.consultaviajanteufp.proboards.com e registarem-se. 

Estamos à vossa espera...

sábado, 16 de maio de 2009

Malária na República Dominicana

O Promed anunciou ontem a 4ª vítima mortal por Malária na República Dominicana desde Janeiro de 2009.

A Malária é endémica na República Dominicana e exclusivamente a P.falciparum.  O Center for Disease Control recomenda profilaxia da malária para todos os viajantes que se desloquem a áreas rurais do país, bem como aqueles que visitem a província de La Altagracia, incluindo Punta Cana.
A Organização Mundial de Saúde considera a República Dominicana uma região de risco II para a malária, preconizando portanto a profilaxia com Cloroquina associada a prevenção contra a picada de mosquito a todos os que para lá se desloquem e especialmente àqueles que visitem as áreas rurais das províncias de La Altagracia e Duarte. 

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Febre Amarela no Brasil


Desde o início de 2009 que se tem observado uma expansão nas áreas de transmissão do vírus da Febre Amarela no Brasil, sendo que, os estados de Rio Grande do Sul e São Paulo, consequência de infecção humana por este vírus dentro das suas fronteiras, foram recentemente classificados como áreas de risco.
Não exigindo o Brasil a vacina da Febre Amarela para a entrada no país, alertam-se os viajantes que planeiem uma deslocação para qualquer um dos seguintes estados, a consultar um médico a fim de efectuar a imunização:
Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal (incluindo a capital, Brasília), Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, e as seguintes regiões dos estados que se seguem: Noroeste e Oeste da Bahia, região Central e Oeste do Paraná, Sudoeste de Piauí, Noroeste e Oeste Central de Rio Grande do Sul, Região Oeste de Santa Catarina e regiões Norte e Central Sul de São Paulo.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Gripe Suína



A gripe suína resulta da infecção pelo vírus influenza A H1N1.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emite alertas e actualizações diárias sobre a pandemia da gripe pelo novo vírus. Até ao dia 13 de Maio, a OMS registou 5728 casos de infecção por influenza A (H1N1) em 33 países diferentes:
Alemanha (12), Argentina (1), Austrália (1), Áustria (1), Brasil (8), Canadá (358 casos humanos laboratorialmente confirmados, incluindo 1 morte), China (3), Colômbia (6), Costa Rica (8 casos, incluindo 1 morte), Cuba (1), Dinamarca (1), El Salvador (4), Espanha (98), Estados Unidos (3009 casos, incluindo 3 mortes), Finlândia (2), França (13), Guatemala (3), HolandaIrlanda (1), Israel (7), Itália (9), Japão (4), México (3), (2059 casos, incluindo 56 mortes), NovaZelândia (7), Noruega (2), Panamá (29), Polónia (1), Portugal (1), Reino Unido ( 68), República da Coreia (3), Suécia (2), Suiça (1), Tailândia (2).



Definição de caso de gripe A (H1N1)

O caso suspeito deve reunir um dos critérios clínicos e um dos epidemiológicos para se considerar a sua investigação (DGS – Direcção Geral de Saúde).


Critérios clínicos (deve ter pelo menos um dos seguintes)

  • Início súbito de febre (> 38 ºC) e sinais e sintomas de infecção respiratória aguda.
  • Pneumonia (doença respiratória grave).
  • Morte por doença respiratória aguda idiopática.


Critérios epidemiológicos (deve-se verificar pelo menos uma das situações seguintes)

  • Estadia ou residência numa área onde se registou transmissão mantida entre pessoas pelo novo vírus da gripe A (H1N1).
  • Contacto próximo com um caso confirmado de infecção pelo novo vírus da gripe A (H1N1) durante a fase sintomática.
  • Pessoa que trabalha em laboratório onde se processam amostras biológicas para o novo vírus da gripe A (H1N1).


Se o doente preencher os critérios clínicos e epidemiológicos e se detectar um resultado laboratorial positivo para um vírus da gripe do tipo A, sem subtipo identificado, este caso é considerado como provável e a sua confirmação é urgente. A confirmação do caso faz-se no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) por um dos métodos disponíveis para identificação do novo vírus da gripe A (H1N1):

  • RT-PCR (Polymerase Chain Reaction por transcrição reversa)
  • Cultura viral (só em laboratórios com nível de segurança 3)
  • Aumento de, pelo menos, 4 vezes do título de anticorpos específicos neutralizantes para o novo vírus da gripe, entre amostras colhidas na fase aguda da doença e 10 a 14 dias depois.
    Os resultados laboratoriais de um caso confirmado são comunicados pelo INSA à DGS que, por sua vez, informa o Hospital de referência onde o doente está internado (Hospital de São João no Porto, Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital Curry Cabral e Dona Estefânia em Lisboa).

Sintomas: Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre, calafrios, tosse, dor de garganta (odinofagia), mal estar geral, fadiga, dores de corpo (mialgias, artralgias), dores de cabeça (cefaleias). Alguns casos ocorrem também com diarreia e vómitos.

A gravidade das manifestações clínicas varia entre os indivíduos infectados. Pessoas com co-morbilidades (doenças crónicas) constituem um grupo de risco para desenvolver sintomas mais graves, nomeadamente pneumonia, insuficiência respiratória e até morte. Ocasionalmente ocorrem sobre-infecções bacterianas resultando em pneumonias bacterianas, otites e infecções sinusais.

Transmissão: Os vírus influenza transmitem-se de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias provenientes de tosse e espirros de indivíduos doentes que se depositam nas vias respiratórias de pessoas não doentes. Outra via de transmissão possível ocorre quando se manuseia um objecto contaminado com essas gotículas respiratórias ou se contacta com uma pessoa doente, por exemplo, por um aperto de mão, levando em seguida as mãos à boca ou nariz sem previamente as ter lavado.

Abordagem geral:
  • Informar-se junto dos profissionais de saúde sobre qualquer cuidado especial aquando gravidez ou outra condição médica especial, nomeadamente diabetes, doença cardíaca, asma ou doença obstrutiva crónica (bronquite crónica, enfisema).
  • Informar-se com o seu médico sobre a necessidade de tomar medicação anti-viral.
  • Permanecer de repouso em casa durante 7 dias após o início dos sintomas ou até 24 horas após o fim dos sintomas.
  • Reforçar a hidratação oral, com água, refrigerantes e bebidas desportivas.
  • Proteger com um lenço a tosse e os espirros.
  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou desinfectar com solução alcoólica.
  • Evitar contacto próximo com outros.
  • Estar atento e reconhecer os sinais de alerta que o conduzam ao Serviço de Urgência

Tratamento anti-viral: Necessita de prescrição médica. Embora possa minimizar os sintomas de influenza, a maioria dos doentes não necessita destes fármacos. Contudo, indivíduos de maior risco de complicações ou aqueles hospitalizados por gripe grave podem beneficiar desta terapêutica anti-viral. Estes medicamentos estão disponíveis apenas para pessoas com mais de 1 ano de idade.

Além do tratamento anti-viral, pode ser ainda necessária a administração de antibióticos devido a sobre-infecções bacterianas em indivíduos infectados com o influenza. Doença mais grave e prolongada, ou doença que melhorava progressivamente e entretanto piora novamente, podem ser sinais indicativos de infecção bacteriana.

Não se deve dar Aspirina® (ácido acetilsalicílico) a crianças ou adolescentes com gripe, pois pode causar síndrome de Reye, uma doença rara, mas grave.
Importa consultar os ingredientes dos medicamentos anti-gripais que correntemente se usam e que muitas vezes contêm ácido acetilsalicílico. Preferir paracetamol (Ben-U-Ron®), ibuprofeno e naproxeno (entre outros anti-inflamatórios não-esteróides) para o alívio sintomático. Doentes com doença renal ou problemas gástricos devem informar-se com o seu médico sobre o uso de anti-inflamatórios não-esteróides. Também as crianças com menos de 4 anos de idade não devem tomar anti-gripais sem previamente serem consultadas por um médico.


Quando recorrer ao Serviço de Urgência:

  • Dificuldade respiratória ou dor torácica
  • Lábios azulados (cianose)
  • Vómitos e intolerância à hidratação oral
  • Sinais de desidratação (tonturas quando em pé, diminuição do débito urinário, criança que chora sem verter lágrimas)
  • Convulsões
  • Deterioração do estado de consciência (doente confuso, menos reactivo)

Como limitar o contágio da gripe:

  • Manter a pessoa doente em casa e, se possível, permanecer num compartimento separado do resto da família com a porta fechada. Usar também casa-de-banho separada, que deve ser limpa diariamente com desinfectante;
  • Os co-habitantes devem lavar as mãos frequentemente, sobretudo se contactam com o doente, objectos que este manuseou ou locais que este frequentou. As mãos devem secar-se com toalhetes de papel ou com toalhas individuais para cada pessoa (por exemplo, com diferentes cores);
  • Lençóis, utensílios de refeição (garfos, facas, colheres) e pratos pertencendo aos doentes não precisam de ser lavados separadamente, contudo não devem ser partilhados sem primeiramente serem convenientemente lavados;
  • Se o doente precisa de sair de casa (por exemplo, para ir ao médico), ele deve cobrir a boca e o nariz com uma máscara. Deve fazer o mesmo dentro de casa se o domicílio tiver outros frequentadores não doentes. Nestes casos importa também manter boa ventilação nas divisões da casa compartilhadas;
  • Lembrar ao doente para tapar a boca e nariz quando tosse ou espirra e para lavar as mãos com sabão e água ou solução alcoólica desinfectante após ;
  • Os contactos próximos que tenham condições médicas crónicas podem ter indicação para tomar medicação anti-viral, como oseltamivir (Tamiflu®) ou zanamivir (Relenza®) para prevenir a gripe.